quinta-feira, 17 de março de 2011

Gênios II

II
Embalagens de chocolate decoravam a mesa ao lado de copos d’água. Era o segundo dia de prova consecutivo sem descanso, excetuando as necessidades de comer e beber. O esforço impregnava a dependência. Para o velho, o mais importante era descobrir a causa dos morticínios da P. R Moores.
    Faltava pouco. Em miseras três horas dois morreriam e seria descoberta a causa. Os segundos contados tiquetaqueando no despertador da morte em contagem regressiva. TIC!TAC! Quem ela escolheria? Estava em decisão.
    Norse admirava que já esteve no lugar deles naquele mesmo lugar, na decisão da vida e da morte. Então optou pela vida, ficando na escola em 1930, mas seria diferente se estivesse saído? Outro sorriso pousou na boca os olhos apertaram e uma lágrima escorreu de seu olho esquerdo. Ele os fechou com força e abriu-os novamente.
    Nicholas continuava sem fazer a prova, Nellinger por um instante achou que Nick dormira, mas enganou-se e voltou a fazer suas ultimas horas de prova.
    Duas horas e o julgamento se aproximava. A morte empunhava sua foice e cavalgou até P. R. Moores. O vento da noite do lado de fora era gélido e sua montaria estava com pressa.
    O traço risonho na boca de Norse tinha um ar de satisfação e ansiedade. Mantinha os olhos nos alunos, com seus pensamentos ainda no passado. Mais outras lágrimas incharam de seus olhos e caíram no terno.
    A próxima hora se aproximou como o vôo de uma mosca. A foice da morte estava sedenta e o cavalo queria logo regressar, então cavalgava depressa.
     Norse suspirou e retirou os óculos. Teria que olhar uma ultima vez para os três gênios. Seus três alunos.


Continua...

2 comentários:

  1. Parabens klaus... uma narrativa muito brilhante e intensa... Principalmente a forma de falar do ceifador sinistro ( a morte )

    Parabens mesmo

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  2. Obrigado!

    Ainda tem a terceira parte... creio que logo posto o final.

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