terça-feira, 15 de março de 2011

Pedra e Bruma

Então, eles seguiram abaixo de uma bruma densa. Tão densa como uma núvem da chuva de primavera. Pela esquerda da íngrime descida, Keliath permanecia apreensivo com a região cujas lendas falavam sobre as bestas arqueiras, e se mantinha em defensiva por trás de Yau-Nat (seu enorme escudo redondo, pelo qual, os Sont haviam forjado noutros tempos); pouco a frente, quase fora da visão de seu grupo, logo na margem do corredor rochoso, furtivamente como um gato que busca sua presa, Anna, filha de Kassia do reinado de Kátia, agarrava no punho de seu sabre, pela qual, a lâmina tinha quase transparência total; para trás ficara Oerdill, O vigilante, distante, que quase como a águia em prontidão, observava através da branca e gélida cortina que os banhava: via no céu azul, quase como um sonho, gaivotas da costa leste, mensageiras da natureza, sobrevoando-os. Respirou fundo e brandiu um bumerangue; ao seu lado, Ehrno, falava sozinho, num cochicho preocupante, mas de branda voz, como que se cantasse baixinho. Então, de seu manto rajado laranja, saíra um espectro de tigre, e este correu campo abaixo eliminando parte da névoa, clareando-a e logo dissipando como fumaça, Oerdill o agradeceu.
  - Vamos - dissera o mago - Taff ainda pode aguentar mais um pouco. Temos que chegar antes de seu rugido. Sigam-no que ele é o guia dessas brumas. 


E logo, eles seguiram adiante, mas quando logo se toparam com o fim da bruma, reboou um som indecifrável, de dar calafrios. Ouviu-se estalos e Yau-Nat crescera, como que por magia de Ehrno, mas o escudo, apenas estava sendo fiel, e ricochetearam virotes de plumas de todas as cores, mas apenas com uma peculiaridade em comum: suas pontas perfurantes, eram de dentes podres...
E assim foi uma narrativa sem início, meio ou fim sobre os aventureiros... pelos quais não sei ou talvez, não saberei.

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