quarta-feira, 16 de março de 2011

Origem

Estavam frente a frente, e como os coelhos fazem, se farejaram, sentindo arrepios e uma boa sensação de conforto. Ril a tocou no rosto, e ela o olhou nos olhos. Ela o pegou pelos ombros e o abraçou, era mais baixa e contemplava os olhos dele olhando para cima. Instintivamente ele tocou os lábios ao pescoço dela. Ela sem confiança, se afastou, mas ele a segurou. E que ternura os tomaram e eles riram, bobamente, mas muito felizes e de corações confortáveis. Ele voltou a fazer, tocara os lábios no lado esquerdo do pescoço, ela deixou-o e,  ele continuou a fazê-lo, subindo na altura do queixo, mas parou ao chegar na boca. E pensou “ A melhor felicidade, o melhor conforto, a melhor segurança e deste sentimento, nos é” e tocou nos lábios dela, delicadamente a beijando. Abraçaram-se mais forte, e fecharam os olhos. Suspiraram duas ou mais vezes de prazer, e ainda com os olhos fechados, viram suas almas se abraçarem e brilharem num azul. E, de um clarão os fez despertar. 

E assim, foi, creio eu, o início da magia do romance, o despertar no qual, sim, houve um início, mas não sabemos onde foi seu meio e porquê tem de haver um fim. 

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